sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Antes de mais nada ...

Para quem mora no Rio de Janeiro, está rolando no SESC Tijuca a 3ª Mostra Universitária CEAE coordenada por Ana Kfouri. É um festival de peças universitárias que visa incentivar os novos grupos teatrais, etc. O vencedor do festival terá oportunidade de se apresentar em mais 3 SESC (ainda a ser escolhido). Boa, não?!

Estou fazendo parte do elenco da peça "Antes de mais nada", que se apresentará no dia 23/08 às 19h.

Segue a baixo o calendário das apresentações:





SESC TIJUCA: Rua Barão de Mesquita, 539. Tijuca, Rio de Janeiro - RJ.
Sáb e Dom às 19h. Teatro II


"Antes de mais nada", escrito por Oscar Saraiva em processo colaborativo com o grupo, apresenta as histórias de treze personagens que culminam em um assassinato. O espetáculo é dividido em sete partes. A cada parte ele progride até seu desfecho utilizando diferentes linguagens cênicas em cada parte.

Na primeira é apresentado simultaneamente o cotidiano de todas as personagens. No palco treze pessoas sozinhas vivem em seus silêncios o seu nada particular. Uma mulher passa roupa ao mesmo tempo em que um homem toca sua gaita e outra mulher usa talco nos pés. De um lado um sujeito escreve, do outro uma moça lixa sua unha e outra arruma a mesa do jantar. O vazio do dia-a-dia num palco cheio de ações, de objetos, de pessoas. Aqui e lá coisas vão acontecendo enquanto nada de fato acontece. Ora alguém se cansa do tédio e decide cantar uma música, ora alguém se cansa de tudo que não há e o nada continua a acontecer. Treze solidões cotidianas e mais nada.

Na segunda parte do espetáculo, de maneira fragmentada, cada ator apresenta um pouco de sua personagem. Na terceira parte, as histórias de cada um vão se apresentado dentro de fragmentos de cena até se concluírem na quarta parte.

Na quinta parte as personagens recebem a notícia do assassinato de Olegário, morto com cinco tiros a queima roupa – o texto lança mão de uma história que possa entreter e aliado a encenação ganha uma comicidade capaz de ironizar a própria cena.

A comicidade atinge o tom mais debochado na sexta parte, com a chegada de dois detetives que são contratados para investigação. No interrogatório que sucede à sua apresentação, torna-se clara a falta de sentido daquelas vidas vazias que se interligaram pela necessidade de se preencherem com a mesma pessoa: o agora defunto Olegário Maciel.

Um pouco antes do fim, antes mesmo dos detetives concluírem sua investigação, a cena é paralisada, nada mais progride. As personagens voltam para o escuro, imóveis. Cada um dos treze, dentro de sua própria paralisia, canta num quase sussuro: “Dá não dá, dá não dá pra ser feliz, dá não dá, dá não dá para a vida melhorar?”. E tudo vira nada outra vez.

Texto escrito por: Alessandra Gelio



Direção e dramaturgia: Oscar Saraiva

Assistente de Direção: Alessandra Gelio

Iluminação: João Gioia

Violão e arranjos: Rodrigo Saboya

Elenco: Alessandra Ribeiro, Ana Laura Hahn, Camila Anacleto, Cristiane Maquiné, Dayanna Lima, Igor Moraes, Juliana Cunha, Rafaella Cardoso, Renata Macedo, Roseany Freitas e Vinícius Arêas.



"Muito prazer, Lúcia!"

That's all folks!

3 comentários:

caurosa disse...

Olá minha cara Renata Macedo, passei para uma visita e gostei de seu blog, tem muita cultura, inteligente, espero poder voltar mais vezes.


Paz e harmonia

Forte abraço

Caurosa

Anônimo disse...

Que bacana.
Parabéns.
Big Beijos

Luma Rosa disse...

Renata, Blazer Starr é uma palhacinha e você pegou o espírito da coisa!! Viu a cara de louca no final do video? Muito doida! hehehehehe o pessoal que assiste com muita seriedade, não entende.

Legal a divulgação da mostra! Quando reclamam da falta de cultura no país, se esquecem que a cultura está onde o povo está. O povo tem que ir atrás, tem que querer!

Sucesso na sua apresentação!! Beijus